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Não consegue estar longe do seu smartphone? Aprenda a gerir a ansiedade

Não consegue estar longe do seu smartphone? Aprenda a gerir a ansiedade

 

Sabe quantas vezes consulta o telemóvel por dia, só para ver se tem notificações? Provavelmente vezes demais, e isso está a roubar-lhe tempo para tarefas mais importantes.

 

Os telemóveis são hoje em dia uma ferramenta indispensável e substituíram muitos outros equipamentos que utilizávamos habitualmente, desde o despertador à informação meteorológica, passando pela leitura de notícias e emails, captura de fotografias e vídeos, já para não falar naturalmente da componente de contacto, que é a sua função principal.

 

Ao concentrarem muitas funções, os smartphones conseguem hoje simplificar a vida dos utilizadores profissionais e também as tarefas pessoais, garantindo acesso rápido à informação, contactos imediatos e permitindo a mobilidade de trabalhar em praticamente qualquer lugar, e a qualquer hora, aumentando a produtividade.  

 

Mas isso não justifica que o tempo de utilização esteja tão concentrado nestes pequenos aparelhos, com os quais se criou um nível de dependência extrema. Sobretudo quando isso rouba tempo para outras tarefas e até para desfrutar do tempo de descanso e lazer que é essencial para o equilíbrio emocional.

 

Um estudo da Mercer sobre as mudanças de hábitos de trabalho mostra que os profissionais passam cerca de um quarto do dia em dispositivos móveis. O estudo A Workforce Tsunami is Approaching indica que, em média, consultam os equipamentos mais de 150 vezes por dia, interrompendo o fluxo de trabalho e a concentração que são essenciais à maior parte das tarefas profissionais.

 

De acordo com os dados recolhidos pela consultora, 57% das interrupções são causadas pela alternância entre aplicações, sendo que, depois de consultarem os dispositivos, cada colaborador demora, em média, cerca de 23 minutos a voltar a concentrar-se nas suas tarefas.

 

A utilização de aplicações de mensagens instantâneas, o recurso a notificações de várias apps e serviços no smartphone contribuem para estas interrupções, mas também o email. E o excesso de informação, de fontes e estruturas diferentes, também contribui para reduzir a produtividade.

 

A dependência extrema dos smartphones está diagnosticada e foi designada como nomofobia, que deriva do inglês no-mobile-phone phobia. Um estudo realizado na Faculdade de Educação da Universidade do Iowa e publicado em 2015 na revista “Computers in Human Behavior” identifica como características a ansiedade de separação do smartphone, com as pessoas a sentirem-se inseguras por não poderem comunicar, ou aceder a informação, ficando também irritadas por não conseguirem completar as suas tarefas. E está a tornar-se cada vez mais comum, sobretudo entre os utilizadores mais jovens.

 

O instituto Flurry Analytics indica que o número de pessoas viciadas em smartphones cresceu quase 60% entre 2014 e 2015 e em Portugal dados de um estudo do Instituto de Psicologia Aplicada (ISPA) indicam que 70% dos jovens portugueses mostram sinais de dependência do mundo digital, e que em 13% dos casos são graves, podendo implicar isolamento ou comportamentos violentos.   

 

Identificar e reconhecer a dependência

O primeiro passo para ultrapassar o problema é reconhecer a dependência e as causas que a originam para conseguir controlar a ansiedade de estar longe dos dispositivos eletrónicos. Nem todos os emails são importantes, nem todas as mensagens são urgentes e as notificações podem ser vistas mais tarde sem prejuízo relevante, aumentando a produtividade.

 

À semelhança dos conselhos que são habitualmente partilhados para a utilização do correio eletrónico, os especialistas sugerem que os utilizadores de smartphones não consultem constantemente os seus equipamentos, e reservem alguns minutos entre tarefas para o fazer, em blocos de tempo nos quais “despacham” essas notificações. A utilização das opções de “não incomodar” ou “ocupado” em serviços de mensagens instantâneas é uma das formas de evitar ser constantemente interrompido, e os sistemas operativos iOS e Android já têm a possibilidade de definir períodos de descanso, durante os quais não há toques nem alertas.

 

Algumas aplicações podem dar uma ajuda para conseguir esta  “disciplina” digital, e existem várias no mercado que são bastante completas, como a BreakFree que está disponível para dispositivos iOS e smartphones e tablets Android, que começa por analisar o nível de dependência para depois dar uma ajuda com a criação de momentos de “repouso” e respostas automáticas definidas pelo utilizador.

 

As rotinas podem contribuir para que o tempo de trabalho se torne mais produtivo, e no final até fica com mais tempo livre para as atividades de lazer com amigos e família, onde o smartphone também pode e deve ser relegado para segundo plano, privilegiando os contactos pessoais.

 

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